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Histórinha da Semana

Começa agora o 1° "Histórinhas da Semana"



Amélia ainda dormia quando sentiu o celular vibrar debaixo do travesseiro. Sonolenta, enfiou a mão debaixo do mesmo procurando aquele pequeno aparelho que emitia um som irritante para àquela hora. Nem se deu o trabalho de abrir os olhos, desligou-o e continuou tentando dormir. Depois de cinco minutos, o celular começou a fazer o mesmo barulho irritante. Amélia, também irritada,  pegou o aparelho e jogou-o no chão com força, fazendo a bateria escapar e desligar completamente o celular.
- Agora posso dormir sossegada.
Colocou a cabeça embaixo do travesseiro e fechou os olhos. Tentou dormir, mas não conseguiu. Revirava-se na cama tentando encontrar uma posição confortável, porém não conseguia mais pegar no sono.
Virou-se pra cima e começou a olhar o próprio quarto. Havia pôsteres de várias bandas na parede, e de todos os estilos. 
Apesar da pouca claridade, conseguia distinguir bem cada parte do quarto, já que estava acostumada com aquilo. Continuou ali deitada por mais alguns minutos. Abaixou-se então para pegar o celular e a bateria que estavam no chão, por sorte, estavam um ao lado do outro, perto da mesa do computador. Colocou a bateria no lugar e ligou o aparelho. Olhou a hora, que continuava com a mesma configuração. Seis horas da manhã. Muito cedo para sua cabeça conseguir processar alguma coisa, cedo demais para uma garota de apenas dezesseis anos. A vontade era de fechar os olhos e voltar a dormir até tarde, acordar somente lá pelas duas horas da tarde. Maldita escola. Maldito horário. Por que tão cedo? Por que não pelo menos uma hora a mais? Segundo ano do colegial ainda, mais um ano e meio pela frente até terminar o ensino médio, fora a faculdade, isso é, se fosse fazer uma. Havia muito ainda  que acordar cedo.
Esses pensamentos se repetiam diariamente pela manhã, toda vez que acordava. Antes de pisar no chão, reclamava mentalmente do trabalho que era acordar cedo.
Deitou novamente na cama e fechou os olhos, mas não dormiu, apenas respirou fundo para criar coragem de levantar e encarar outro dia de estudo. Sorte que é sexta-feira, pensou ela com um pequeno sorriso forçado.
Quando finalmente abriu os olhos e encontrou forças pra levantar. Ela abriu a porta do seu quarto, quando se  deparou com a sua mãe, que com uma cara de espanto seguida de um sorriso disse:
- O que aconteceu? Acordou cedo logo no sábado?











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